quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Chuva Ácida


Hoje choveu, chovi.  Hoje o tempo entrou de acordo com meu estado para tudo ser perfeitamente estranho. Andei pela casa e pela rua daquele jeito: De quem dá passos morrendo de vontade de voltar correndo. Do jeito que quanto mais se aproxima, mais o coração aperta e os pensamentos bagunçam. Do jeito desgraçado de amor pelo outro. Jeito com orgulho. Jeito idiota, jeito desengonçado. Jeito  de quem não quer ir, apesar da curiosidade. E o meu celular darling,  também não ajudou… Colocou logo  a música mais  triste nos meus ouvidos, assim, sem  pedir licença pro sofrimento. E eu chovi com a chuva, chovi como ela. Esperar, esperando, chorar. Eu  já não sei o sentindo disso. Palavras continuam ficando mais que tatuagem. Doendo também. Difíceis de desfazer. Não sei. Aliás, só eu sei. Só eu sei o quanto agonio, o quanto fico nervosa, angustiada, diferente de mim, longe de mim, engraçada, estranha, e agoniada de novo.

domingo, 18 de agosto de 2013

A maré, amaré, amar é.





Amar uma pessoa mais que tudo, do tamanho do mundo. Até que o mundo se torne você.
Amar uma pessoa mais que todo e qualquer absurdo até que o absurdo fique a mercê.
Amar uma pessoa independente do sexo. Até porque o sexo se faz entre lençóis e a sós.
Amar uma pessoa pela falta de melanina, pela falta de vitaminas, pelos nós.
Amar uma pessoa mais do que a chuva que recorda a moldura do que seria o amar.
Amar uma pessoa unicamente por ser sua metade mesmo que assimétrica. 
Amar os cabelos, os cheiros, as manias, as maresias e odiar a maneira de fazer café.
Amar uma pessoa mais do que a si e então sorrir por finalmente aprender a amar.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Malandragem



Como os olhos que brilham ao ver a beleza de Aurora
Andas como alguém que não se mostra.
Assovia pra Maria que tem um decote grande
Sente que tem uma chance grande!
Com a Paola sempre quis rodar, mas ela era nova
não sabia nem beijar
E na esquina da augusta  avistou a Mariana
Lembrou-se do gloss de banana.
Amava mesmo a linda Marcinha
E dela sim queria tirar a calcinha
Mas Marcinha gostava da vizinha.
O que seria a poesia senão fosse a malandragem? 
Boa vontade? Sacanagem? Surrealismo leviano?

E é verdade Sir, eu me apaixono por poetas malandros.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Teus olhos



Uma garoa daquelas tristes
Daquelas mansas
O povo pensativo: colorido
E a terra: balança
O céu é cinza por chover
O arco-íris é multicor
E a cor dos teus olhos é o amor!